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Amor sobre rodas

por Closet, em 22.01.09

Quando era mais nova costumava dizer que o amor é como um autocarro, onde andava diariamente. Dizia isto com uma certa ironia...mas fazia sentido para mim.

Há alturas em que o autocarro está cheio, chega a ser confuso, nem sempre encontramos apoio para nos agarrar, furamos caminho... às vezes caímos ao colo de alguém, um estranho que nem conhecemos, mas que nos segurou naquele momento e livrou-nos de uma queda. Às vezes ficamos lá mais um bocadinho, com medo das curvas, ou simplesmente porque estamos a gostar do passeio. Mas o trajecto tem paragens e nem sempre vamos para o mesmo destino. Aquele estranho de repente quer sair e sabemos que ainda não é a nossa vez. O autocarro continua o percurso. Há quem faça a viagem até ao fim à espera de ver a pessoa certa entrar. Há quem saia no momento errado. Há desencontros...Agarramos-nos novamente a algo... às vezes o autocarro vai incomodamente vazio e só um corrimão segura-nos na viagem. Mas inesperadamente acaba por encher de novo. E uma qualquer travagem faz-nos embater em outra pessoa, às vezes já a conhecemos há algum tempo daquele autocarro e nunca tínhamos olhado para ela com atenção. Às vezes os olhos cruzam-se por segundos eternos. Nessas alturas o autocarro até pode estar cheio mas só o vemos a ele, só sentimos o seu cheiro e a sua respiração. Às vezes desculpamos-nos que foi um qualquer empurrão que nos atirou para os seus braços, foi uma curva que nos empurrou para um beijo. Estamos num autocarro cheio, temos desculpa, , negamos qualquer impulso ou emoção. Em qualquer percurso do autocarro há um destino e várias paragens. Podemos sair a qualquer momento. Ou não. 

 

Foi um amigo que me mandou o link deste videoclip, nunca vi a série, mas se fizesse uma declaração de amor, acho que diria algo muito próximo disto... a uma pessoa com dons de Special One, ou il specialli, whatever... diria exactamente isto. É lindo! Vou deixar o texto.

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"Dear Karen,
If you're reading this, it means I actually worked up the courage to mail it. So, good for me.
You don't know me very well but you get me started, I have a tendency to go on and on about how hard the writing is for me.
But this... this is the hardest thing I've ever had to write.
There's no easy way to say this, so I'll just say it.
I met someone.
It was an accident. I wasn't looking for it. It wasn't on the make.
It was a perfect storm. She said one thing. I said another. Next thing I knew, I wanted to spend the rest of my life in the middle of that conversation.
Now there's this feeling in my gut.
She might be the one.
She's completely nuts... in a way that makes me smile -- highly neurotic.
A great deal of maintenance required.
She is you, Karen.
That's the good news. The bad is that I don't know how to be with you right now. And it scares the shit out of me. Because if I'm not with you right now, I have this feeling we'll get lost out there.
It's a big, bad world full of twists and turns, and people have a way of blinking and missing the moment... the moment that could've changed everything.
I don't know what's going on with us, and I can't tell you why you should waste a leap of faith on the likes of me... but, damn, you smell good -- like home.
And you make excellent coffee.
That's got to count for something, right?
Call me.
Unfaithfully yours,
Hank Moody."

 

publicado às 23:28


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