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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
Se tudo o que sentíssemos fosse amor.
Os olhos rasgavam as dúvidas escondidas e as mãos falavam soltas, sem pudor.
Brilhava no escuro a ansiedade da pele arrepiada. E os lábios, sequiosos, raspavam-se selvagens, por instinto, para depois perderem-se pelo corpo, deslumbrados.
Trocávamos em segredo as palavras invisíveis, que revelam as coordenadas de todos os sorrisos contidos. Sem horas, nem pressa. Vagueávamos, nómadas, cúmplices de cheiros e saliva.
Se tudo o que sentíssemos fosse amor.
A verdade era a nossa melhor fantasia. Inocente, genuína, impune de aspas e virgulas.
Surgia em linhas curvas, assimétricas, sem ponto de chegada ou partida. Transbordava desejo, loucura, emanava euforia.
Deitados sobre a areia contemplamos o céu imenso, infinito. O crispar das ondas ao longe, a sua inevitável rebentação em espuma. Não sabíamos ao certo que horas eram, tão pouco distinguíamos o sol da lua.
- Queres-me?- perguntas.
Se tudo o que sentíssemos fosse amor, esta pergunta não existia.
Já perdi a conta às pessoas que amei, e me deixaram. Amei de formas diferentes, mas todas elas genuínas.
Deixaram-me. - Por amor, diziam.
Afastaram-se de mim, abruptamente, deixando no seu lugar um buraco fundo invisível. Para onde são atirados fragmentos de recordações gravadas na pele, e memórias de momentos para sempre perdidos.
Umas despediram-se de mim com algum tipo irracional de explicação, outras simplesmente viraram as costas na escuridão que a ausência perpetua. Mas desapareceram da minha vida. - Por amor, diziam.
Que me lembre, a nenhuma eu pedi para ficar, é certo. Que me recorde, nunca o amor para mim foi substituível.
Continuo a achar que esta é a melhor surpresa que se pode ter no dia 14 de Fevereiro (se possível, com o simpático Mark incluído).
Bom, na verdade é uma excelente surpresa para qualquer dia do ano, ou noite.
Posto isto... Esperar menos é, no mínimo, pessimismo puro, claro!
'bora lá pintar cartazes!
"To me, you are perfect. And my wasted heart will always love you…”
a rever aqui Love actually .
Esta é daquelas imagens que ataca o meu imaginário mais cor-de-rosa, talvez mais próximo do conto de fadas. Ok, um conto de fadas moderno vá, e na estrada, e um carro em vez de um castelo e com a princesa a conduzir, vá, eu disse moderno...
E é com um sorriso nos lábios que olho para esta imagem e penso institivamente:
ISTO PODIA ACONTECER-ME!
Pára tudo!! É que podia mesmo! Eu conduzo!
Ora, os únicos impedimentos são:
ponto nº 1) eu não tenho um descapotável... (um problemazinho... a avaliar a possibilidade de serrar o tejadilho do meu Peugeot 107)
ponto nº 2) eu não circulo em estradas de 2 sentidos sem separador... bahhh
Arranquem aquela coisa de cimento da A5 sff! é que no mesmo sentido não dá, a menos que eu importe um carro inglês, e ainda assim apanho um torcicolo em tal acrobacia ... bahhh
Abandonar um amor é como fazer uma dieta.
Há um primeiro passo necessário: a vontade e empenho. “Eu quero emagrecer” e assim diz-se “eu quero deixa-lo”. Tem de ser dito em voz alta, firme e com a convicção de que não se irá voltar atrás… Por isso regista-se o peso, mede-se as coxas, a anca e a cintura.
Também ao abandonar um amor faz-se um ponto de situação, reflecte-se sobre o que se passou, o que por vezes custa tanto como subir na balança e ver “como deixámos chegar a este ponto?”. Medimos os caminhos possíveis, a coxa será a distância física, a anca a distância mental e a cintura, sempre o mais difícil e que precisa de mais ginástica, a distância emocional.
O segundo passo é a abstinência. Larga-se de imediato os doces e as gorduras, poderei dizer… os maiores prazeres.
Esquece-se o cheiro da pele, o sabor da boca, o calor dos abraços. Sacode-se a cabeça e deita-se fora como num caixote de lixo do bairro.
Depois deve-se abdicar dos farináceos - a batata, o arroz, a massa - e substitui-los por legumes e saladas saudáveis.
Também abandonar um amor segue regras iguais, rasgam-se as fotografias e as palavras que nos desencaminham e procuram-se outras, diferentes, capazes de nos deslumbrar.
Com a mesma fé que se prova um vegetal novo, como uma alcachofra, deve-se tentar uma nova aventura. Comer e gostar de uma alcachofra, nem que seja só uma vez, arriscar experimentar da mesma forma como arriscar beijar e abraçar de novo alguém, sem medos.
E seguindo um plano diário, certinho, dia a dia vão aparecendo os resultados. Perde-se peso e volume. Compram-se roupas novas porque as velhas já não servem, caem.
Abandona-se um amor também assim, devagarinho. Rasgando aos poucos o peito, em pedaços, apertado em lágrimas que libertam dor. Para vestir o corpo derrotado, de sorrisos brilhantes, num rosto onde o desalento roubava-lhe a cor.
Confesso que desde os meus 12 anitos gostei do dia dos namorados. Principalmente nessa altura, em que me dava ao luxo de ter 2 ou 3 apaixonados em simultâneo e desdobrava-me em encontros e cartinhas para cada um deles... e o que me divertia com a confusão!
A Mafalda passou-me um desafio, apropriado ao dia de S. Valentim, e que consiste em:
- escrever a definição de amor
- passar a 10 blogs
- comentar nos blogs a que passaram o desafio
- mencionar as regras
Confesso que este desafio é o mais difícil até hoje. Primeiro porque sou péssima em definições, eu sou mais o género "indefinida", sorry, e como sabem... 10 blogs... não sei se arranjo... mas salto esta regra e prontos, multem-me ,-)
Na verdade podia escrever para aqui uns disparates sobre o assunto, eles até jorram da minha cabecinha sem autorização...mas teria de estar efectivamente inspirada... e hoje o dia lindo de sol não foi capaz de superar uns problemazitos informáticos no trabalho e que me fizeram faltar à fisioterapia again... whatever...Mas não gosto de desiludir e aqui estou Eu.
Conseguia efectivamente escrever definições de "atracção", "paixão" ou "obsessão", mas sinceramente não sei definir "Amor". Refiro-me ao amor que une um casal. O amor de mãe-filho, ou de filha-pai, ou de irmã, ou de melhor amiga, não tenho dúvidas: é incondicional, supera qualquer dificuldade, e assenta na entrega total, na ajuda, no companheirismo e na compreensão. Já o amor que une um casal... sou uma nódoa, não faço um boi de ideia, e acho tão difícil de definir como acertar no euromilhões...Nunca fui dada a dramatismos, nem a declarações de "vou amar-te para sempre"... só a frase "para sempre" assusta nos dias que correm. Por isso eu preocupo-me mais com o Hoje, o Aqui e o Agora, e assim, sem grandes complicações, quero mesmo é sentir-me feliz.
Ontem recebi um e-mail com um texto de uma revista, a Cloudy reproduziu-o no Cenas de Gaija , sobre o título "As mulheres têm fios desligados", achei graça por conheço quem diga que nós temos botões no pescoço... mas parece que os fios ligam-se a botões...ahhh... Anyway, entrei na casa-de-banho do trabalho e a luz está a piscar, o meu portão eléctrico continua a teimar em abrir aos soluços, o candeeiro do meu quarto tem a lâmpada fundida....então realizei: é tudo uma questão de corrente eléctrica.
Mafalda, aqui vai a definição digna de qualquer aula de electrotecnia (note-se que foi a única disciplina em que eu nunca consegui ter positiva nem mesmo acender uma lâmpada num circuito eléctrico...deve querer dizer alguma coisa...who cares?).
O AMOR é... energia
Ele funciona numa relação onde existe um gerador (que são os sentimentos que alimentam a relação), uma carga (a lâmpada que guia o circuito) e um interruptor (o responsável por manter acesa a relação, que TEM de estar ligado). Num circuito os fios têm de estar correctamente ligados. Mas mesmo assim, por vezes há picos de tensão, sobrecargas eléctricas e levamos choques. É preciso colocarmos fusíveis nos locais certos. Por segurança, o melhor é ter ligação à terra!
E será que existem circuitos eléctricos que funcionem eternamente, sem curto-cicuitos, lâmpadas intermitentes ou fundidas?? Isso já não sei, sorry - não sou engenheira ,-)
Passo o desafio aos seguintes Blogs, se quiseram, claro!
'Na
miuda
MissM
Umdiadepoisdooutro
Cobradeira
Ki
Hoje só passei por aqui para agradecer o mimo que a minha amiga Cloudy me ofereceu. E sim, a orla prateada à volta brilha, acreditem, se fizerem um esforçozinho.... ok, aqui não brilha, podem ver no blog da Cloudy, sff.... eu estou há horas a tentar passar a imagem com os brilhosinhos mas.. N'um dá, sorry! Give up.
Ser Fonte de Amor é sempre um prazer... nada como jorrar coisas boas, positivas, que nos fazem sorrir e nos proporcionam momentos de felicidade... neste momento apetecia-me jorrar... uma sandálias Prada ou Dior com 12 cm de salto...por exemplo! Ora vejam que não me ficavam mal, não senhora!
Mas pronto... vou jorrando palavras... ando aqui a magicar a história sem pés nem cabeça para a fábrica de histórias desta semana, já que passo o fim-de-semana fora tenho de publicar até 5ª feira. Na verdade, quando vi o tema pensei: muitos episódios da minha vida dariam excelentes histórias sem pés nem cabeça... mas lá vou jorrar amor para vocês... talvez amanhã se estiver in the mood ;)
E resta oferecer este mimo às minhas companheiras:
Cloudy, jorra as bicharadas todas que eu adoro e choro a rir =)
Mafalda, jorra estados de alma, repletos de música e poesia :)
'Na, jorra roupas fashion e devaneios da mente, eu acompanho ;)
miúda, jorra desabafos incompreendidos que está aqui um par e olhos para te ler (eu ponho os óculos para não distrocer!!)
MissM, jorra boa disposição e já agora manda vir o sol!!
Umdiadepoisdooutro, jorra música, muita música que todos precisamos dela ;)
Cobradeira, jorra as maluqueiras do trabalho, dos chefes e dos colegas, para a gente se rir =)
E agora vou jorrar esta música para vocês!