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A história de uma morena

por Closet, em 10.08.08

Hoje o dia foi estupidamente simples e divertido, às vezes há coisas simples que nos fazem divertir tanto, e hoje ver o meu filho de 3 anos a ouvir CDs na FNAC com uns auscultadores maiores que a cabeça dele, a cantar e a dançar, filmámos tudo, foi único!

Como tive o desafio de escrever uma mini-história, coisa que não me é difícil, basta olhar para um indivíduo qualquer, um casal na mesa do lado, e passam-me logo pela cabeça histórias inventadas com eles como personagens. Aqui vai uma história inventada, não sou eu, nem alguém que conheço, apenas podia ser um outro Eu noutra encarnação!

Acho que me alonguei um pouco, se perderem a paciência de ler, compreendo!

Aqui vai!

 
"A história de uma morena
 
Ela tem cerca de 30 anos, estatura média e um corpo atraente com uns olhos verdes brilhantes. Tem a vida pela frente, apesar de solteira e sem pressas de casar, tem um grupo de amigas com quem sai e viaja frequentemente, tem a sua casa, um cão que adora, e um trabalho que a satisfaz o qb.
Todas as manhãs ela toma o pequeno-almoço num café movimentado, mas que tem um capuccino sem o qual ela não consegue passar. É nesse café que ela se cruza já há alguns anos com um homem, um pouco mais velho que ela, de aliança no dedo e a quem ela já acena “bom dia” por simples boa educação. Na sua cabeça aquele homem tem um ar arrogante e convencido, e nem tem razões para isso, apesar de ela não conseguir reparar no físico dele escondido sempre por baixo de fatos e sentado numa mesa, a sua cara é pouco simpática e atraente, ele é definitivamente feio.
Mas houve um dia em que não havia mesas disponíveis e ela teve de dividir a mesa com aquele homem, que já conhecia há anos sem nunca ter realmente falado com ele. Ele disse-lhe para ela se sentar ali e seria má educação não o fazer... Nesse dia o pequeno-almoço foi mais prolongado, acabaram por falar sobre as coisas mais triviais, apercebera-se que para além de casado tinha filhos, mas pouco mais da sua vida pessoal, apenas foram falando como dois amigos que se encontram no café todos os dias e não precisam de por a conversa em dia. Até foi agradável, afinal ele não lhe parecera convencido nem antipático. Ela sentiu-se mal de ter feito aquele julgamento precipitado e de o ter condenado antes de sequer ter-lhe dado oportunidade de se apresentar.
Nos dias seguintes os pequenos-almoços tornaram-se diferentes,... ela já fazia um pouco mais de conversa com aquele desconhecido do que o simples “bom-dia” e ele já fazia brincadeiras do tipo “esse croissant engorda, com menos 20 kg já ficas em forma”,... e parecendo que não aquele homem de fato não saía da sua cabeça, ou porque lhe dizia coisas irritantes (que lhe faziam pensar que afinal ele era mesmo o tal convencido que pensara) ou porque a olhava, por vezes, de uma maneira diferente e intensa que a perturbava de alguma forma que não conseguia explicar.
Estaria ela a ficar louca? Ele era casado, com filhos, não o conhecia minimamente, odiava o seu ar arrogante e convencido, não o achava minimamente giro,... qual era a razão de não o tirar da cabeça e ficar num estado de nervos sempre que entrava naquele café? Ás vezes até tentava fingir que não o via, ignorava-o, mas ele não saía da sua cabeça por alguma razão inexplicável à razão humana. Às tantas até dava com ela a aparecer no café, em alturas que nunca ía, para ver se ele lá estava, mas nunca o encontrava. Ele era só "o homem de fato com ar de convencido" que habitava o café do seu pequeno-almoço. Afinal o que poderia ela querer dele? Sexo estava fora de questão, não sentia qualquer atracção física por ele. Um jantar com um bom vinho, apenas para o conhecer melhor e certamente desiludir-se de tal forma com ele que nunca mais pensaria nele? Mas seria demasiado perigoso, e se até gostasse de estar com ele?...  O que é que ela poderia querer mais daquela “relação” impossível?? Talvez uma palavras simpáticas seguidas de um beijo, talvez um envolvente beijo húmido e prolongado lhe fosse capaz de demonstrar o que ela verdadeiramente sentia por ele. Um beijo não deixa dúvidas, diz tudo, desarma a alma. Será que um dia esse beijo vai acontecer?" Closet
 
http://www.imeem.com/people/Sj15jy/music/1fWMLNKU/cher_the_shoop_shoop_song_its_in_his_kiss/

sou craque neste karaoke!

publicado às 21:05


11 comentários

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De umdiadepoisdooutro a 12.08.2008 às 09:20

Olá,
"O amor não espera à porta" é o título de um livro da autora Marisa de Los Santos, de onde (pensava eu) retirei a frase que escrevi antes. Só que fiz confusão, aquela frase que escrevi é de um outro livro "Proposta indecente" - é o que faz ler uns livros a seguir aos outros, depois misturo as citações, LOL.

Escreves muito bem.
Continua.

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