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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
Dizem que se arruma em gavetas da memória os amores mal resolvidos. Que fecham-se em armários altos e perde-se a chave. Dizem que se apagam, rasgam, esquecem. Os sonhos de amores interrrompidos. Queimam-se os rostos em fotografias gastas e as cinzas voam para um lugar distante. Esses amores vazios, incompreendidos. Largados ao vento num túnel comprido. Dizem que o tempo cura tudo, até os amores mal resolvidos. Espera-se o tempo, curandeiro, que arrasta as areias nas marés cheias de amores, perdidos por aí.