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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
É tempo de lamber as feridas
e voltar a viver,
sorrir, esquecer
ignorar o fantasma
que habita em mim
e que persigo
num labirinto sem fim.
É altura de procurar a saída
e deixá-lo ficar,
ou atirá-lo ao mar,
para que fique no fundo.
É tempo de acordar
deste sono profundo
e enfrentar
o fastasma que quero apagar.
O destino, que espera em vão
enquanto rodopio,
como um pião,
e o passado,
esse vulto escuro,
esbato nele,
como num muro,
alto, distante,
fascinante.
Abafo num grito errante
as fantasias que vivo,
enterro-as com ele
entre lágrimas de saudade,
uma réstia de paixão,
o vaziu da solidão
que é não tê-lo mais comigo
um oásis, deslumbrante,
um fantasma
um amigo.