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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
És como uma grande insónia. Incómoda, pesistente, demente. As palavras caem num vazio como uma marionete sem fio, Revoltas num imenso deserto embrulhadas em desvario. O silêncio dos olhares perpetuam a nossa guerra presos, gelados, ancorados em terra. Às vezes consigo enfrenta-los, persigo-os de uma ponta à outra como uma louca em ziguezagues perdidos ou desentendidos. Às vezes fraquejo, como no primeiro beijo e baixo o olhar para não te ver, fingir é uma forma de ser e a imaginação é um caminho que se percorre sozinho. Não sei quem és. Procuro-te, tacteio no escuro mas esvais-te como as marés. És como uma grande insónia Estou farta deste sonhar acordada que para mim é tudo e para ti é nada. Do quente que se tornou frio és ausência, empedrecida, imensa e as palavras, belas, moribundas, caem no vazio. |