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Insónia

por Closet, em 16.06.09

 
 
És como uma grande insónia.
Incómoda, pesistente, demente.
As palavras caem num vazio
como uma marionete sem fio,
Revoltas num imenso deserto
embrulhadas em desvario.
O silêncio dos olhares
perpetuam a nossa guerra
presos, gelados, ancorados em terra.
Às vezes consigo enfrenta-los,
persigo-os de uma ponta à outra
como uma louca
em ziguezagues perdidos
ou desentendidos.
Às vezes fraquejo,
como no primeiro beijo
e baixo o olhar para não te ver,
fingir é uma forma de ser
e a imaginação é um caminho
que se percorre sozinho.
Não sei quem és.
Procuro-te, tacteio no escuro
mas esvais-te como as marés.
És como uma grande insónia
Estou farta
deste sonhar acordada
que para mim é tudo e para ti é nada.
Do quente que se tornou frio
és ausência, empedrecida, imensa
e as palavras, belas, moribundas, caem no vazio.

 

publicado às 23:20


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