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Fábrica de Histórias

por Closet, em 28.05.09

Paleta de sensações

 

Roxo, cor de uva, sim é uma cor, a cor do verniz das minhas unhas. Ris-te. Reparas nele e tocas as minhas mãos com carinho enquanto te recostas no sofá coral. Abraças-me e bebes mais um pouco do teu whisky.

Rosa, foi o meu sorriso tímido ao encontrar o teu naquela tarde de Outono. Sorri, embaraçada, e sentei-me ao teu lado feliz. Tocou-me, com uma agradável brisa do vento, o azul turquesa dos teus olhos. Relaxei no puf indigo. Bebemos uma cerveja, amarela pálida, fresca e vimos o por-do-sol laranja a baixar no horizonte. Castanha era a areia onde enterrei os meus pés enquanto caminhavamos em direcção ao mar azul escuro. Estava calmo nesse dia, a contrastar com a inquietude púrpura dos sentimentos que me percorriam. Despediste-te de mim, numa cor indefinida, talvez entre o verde lima e o caqui. Foi confuso esse dia. Mas vi-te de relance, a caminhares para o carro de braços esticados, perdidos em direcção ao céu azul infinito.

Depois deste-me um bouquet de rosas vermelhas, imagino se sabias o que isso significa? Tudo, ou talvez nada. Fantasias de romances numa mistura de salmão e rosa fuchsia. Pedi-te malmequeres brancos, não quis sonhar com um céu azul claro numa manhã sépia de loucura. Errei, perdi-me no sabor escarlate dos teus lábios e pintei-me numa paleta de sentimentos antagónicos entre o verde água e o azul marinho. Confusa, não encontrei mais o caminho.

Os meus dias ficaram cinzentos, numa perturbadora ausência de ti, amarga cor de licor, uma tela abstracta de pinceladas negras e grenás. 

Fujo. Corro em direcção a um sol amarelo brilhante que, em silêncio, deixa-me vivo na alma o azul turquesa dos teus olhos, o rosa do meu sorriso.

 

Texto escrito para a Fábrica de Histórias

 

 

publicado às 23:36

Paradise

por Closet, em 27.05.09

Hoje saí do trabalho às 21h. Na verdade pensava que eram 20h...é o que dá usar o relógio apenas como adorno, adiante. Os meus dias têm sido tão fantásticos por lá que só me lembrava da música do Phil Collins "Another day in the Paradise"..oiçam que já está aqui a passar...

Mas como sou optimista, vou-me repetindo "amanhã é outro dia", de sol brilhante, e de trabalho também infelizmente, vou repetindo "5%, só contribui 5% para a minha felicidade" e vou levando a coisa...

By the way, sair a esta hora proporciona-me experiências únicas. Os passageiros do comboio são de facto...diferentes.

Desde um teenager, acho que era "um" mas desde o episódio da gata que é gato já não afirmo nada... siga, o teenager tinha um cabelo loiro comprido e estupidamente volumoso e penteava-se alegramente em frente ao espelho "leia-se vidro" com uma escova maior que a cara dele...confesso que fiquei intrigada se aquela criatura andava sempre assim com aquela arma em punho tal e qual taco de baseball...

E a contrastar com aquele miudo...hum...moderno... havia uma senhora de lenço na cabeça qualquer coisa muito apropriada a...uma vidima ou na apanha da azeitona, sei lá...ocorreu-me isto...bom, mas folheava qualquer coisa que se chamava "sentinela", whatever it means...

Mas havia mais...pois o espectáculo custa 40€/mês mas vale a pena!

Havia um rapaz de vinte anos, mais ou menos, com patilhas até ao queixo, uma tatuagem de uma teia de aranha a rodear-lhe o cotovelo e, a completar o ramalhete, um chapéu de palha amarelinho...bem ao estilo Quim Barreiros...

Para equilibrar a carruagem, em Algém entrou alguém que, sem sombra de dúvidas, está convencidíssimo que é Jesus Cristo. Não frequenta o cabeleireiro há, pelo menos, 5 anos, e benzia-se de 5 em 5 minutos...esbocei-lhe um sorriso, just in case...

E, claro, já me estava a esquecer da criatura que estava sentada a meu lado,, um sujeito branco cal, que olhava para um calhamaço com caracteres japoneses...

De onde estas criaturas sairam eu juro que não sei...mas foi obviamente com muita pena que abandonei o comboio em Oeiras... Na verdade, e depois desta experiência magnífica, o facto de ter de andar 300 metros numa rua ás escuras tal e qual videoclip Triller (a cãmara de Oeiras gosta muito destes apagões), não me impressionou nem um pouco...nem mesmo depois de ter acabado de fazer um teste ridiculo sobre "que personaje de terror eres?"... bem, dei-me "brujaa"...há-de servir para alguma coisa:)

Crazy world...é também por estas que eu gosto de andar com saltos de cunha de 12 cm...de certa forma sinto-me a pairar, assim...sem os pés neste mundo de loucos!

publicado às 23:41

Aqui há gato

por Closet, em 26.05.09

 

 

Estavamos sentados no sofá à noite com a nossa Avril estatelada ao nosso colo quando ele exclama "isto são bolinhas"... What???

Fui apalpar as ditas ainda incrédula... a minha gata Avril, a minha princesa linda que estava prestes a ser esterilizada ... imagine-se...a minha Avril é..... um "Ele"...oh God!

Na verdade o meu filho já tinha dito que tinha visto "uma coisa" a sair lá das partes baixas.. mas eu, nãaaa, No Way, are you kidding?? É uma gata e ponto. E nem as 3 consultas de veterinário (à grande veterinária, sim senhora) deitaram por terra a minha ideia firme de que é uma gata. E com um bocado e sorte ainda lhe abriam mesmo a barriga, sorte a da veterinária claro, não minha que pagava, nem da gata que era aberta tal qual porco no espeto.

Anyway, a verdade é que andei 7 meses a pensar que era uma Ela e afinal... é um Ele..."xiripitu minha quiduxa, xiripitu quem é a gatinha mais linda?" e, de facto, ela, ou melhor ele, olhava-nos de lado... devia questionar-se sempre "Avril? que raio de nome é este??"... Pior ainda é para a minha gata Kikas a quem saiu na rifa, assim out of nowhere, e depois de 11 anos de abstinência e celibato, um gato, finalmente, e só para ela :) E nós a acharmos que a Avril, gata melga, andava sempre em cima da outra com ciúmes... afinal queria era outra coisa! Gajos...só pensam nisso!

Na confusão de sexos que aqui se instalou...ainda não conseguimos explicar muito bem ao meu filho mais novo como é que a gata pssou a gato assim de repente...adiante, começo a pensar nos familiares de pessoas que mudam de sexo e, acreditem, não é facil mudar de repente o género das palavras... e lá continua a sair-me "xiripitu minha linda, minha quiduxa"...what else??

E pronto, tenho uma ex-gata, que se revelou um gato, mas que tem nome da gata e...muito provavelmente tem os fusiveis sexuais todos trocados, acho mesmo que o tenho de levar ao psicólogo, ou ficará gay, ou com complexos de displasia sexual...whatever.

publicado às 23:58

Resiste

por Closet, em 26.05.09

Este foi o pensamento do dia de hoje... e muito haveria a dizer sobre ele, sem dúvida... mas já é tarde, estou com sono... fica à imaginação de cada um :)

 

"Resiste a uma tentação e tua alma adoecerá de desejo pelo que lhe foi vedado. " Oscar Wilde 

 

E a malta vai resistindo...ou não ;)

 

By the way, lembrei-me logo desta música antiga que passava numa telenovela brasileira, coloquei no meu i-pod, enjoy :)

 

Pela Luz dos Olhos teus - Miucha e Daniel Jobim

 Quando a luz dos olhos meus

E a luz dos olhos teus

Resolvem se encontrar

Ai que bom que isso é meu Deus

Que frio que me dá

O encontro desse olhar

Mas se a luz dos olhos teus

Resiste aos olhos teus

Só para me provocar

Meu amor juro por Deus

Me sinto incendiar

(...)

 

publicado às 00:45

Foi assim...

por Closet, em 25.05.09

Um fim-de-semana...

 

 

 

...sobre rodas :)

ok...o mais pequeno repete incessantemente ao fim de ...10 minutos..."papi, papi, estou cansado..."  e lá recorremos ao isco do geladinho no final do caminho... shame on us!

Mas fazem desporto ao ar livre!

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publicado às 00:28

Fábrica de Histórias

por Closet, em 24.05.09

HEROI

Já passavam 4 horas desde que ela tinha entrado para a sala de operações. João atravessava a sala de espera com passos largos e apressados, como se conseguisse acelarar o próprio tempo que parecia interminável. "Parecia que estava morta" tinha murmurado o seu sogro quando a transferiram em urgência para os cuidados intensivos."Não, não podia ser" dizia repetidamente para si. "Era uma operação simples, de rotina, não tinha qualquer perigo de vida".  João continuava desesperado à procura de uma informação sobre a sua mulher. "Como correu? perguntava a toda as enfermeiras que passavam no corredor. "Não posso dar informações" ou "O doutor fala consigo" eram as respostas que recebia.

Bebia, cansado e nervoso, o seu terceiro café, quando uma enfermeira o chamou e lhe disse o que não conseguiu compreender. Pediu que lhe repetisse, que lhe explicasse, como podia aquilo acontecer. Leonor tinha morrido na operação, uma hemorregia inexplicável levou a sua vida num sopro. Um sopro que João não queria aceitar, queria-a de volta sem mais explicações. Nos seus olhos as lágrimas escorriam com uma mistura de angústia e raiva, no seu peito dilacerava o pânico de continuar a viver sem ela.

João e Leonor tinham duas filhas, de 12 e 4 anos, que nem sabiam que a mãe ía ser operada. Leonor não quis dizer-lhes para não as preocupar. "Ía visitar uma tia velhinha" tinha dito antes de ir para o hospital e despediu-se com dois beijos, como se voltasse já.

João voltou para casa, já era noite, sentindo-se o homem mais pobre do mundo, perdido, abandonado, atordoado. Não consegiu dormir, nem comer, nem falar. A família abraçou-o, tomou conta das suas filhas "Deixa-me criar a pequenina" disse-lhe a sua irmã nesse dia.

João agradeceu comovido, mas disse que não. Queria ficar com elas, reorganizar a sua vida. Uma vida que aumentava em exigências profissionais, um lar que dividia com a sua sogra, uma rotina que João teve de mudar. E mudou, com a coragem e a garra que Leonor lhe inspirara em vida.

Alugou uma casa, colocou a mais pequena num colégio, acompanhou a mais velha no liceu. Passou a ir com elas ao cabeleireiro, compravam roupa juntos, tomavam o pequeno-almoço num café perto da escola, jantavam num restaurantre ao lado de casa.

João refez mais tarde a sua vida, e mais uma vez elas desconfiaram que o fazia por elas. "Porque era dificil um homem criar duas filhas sozinho. Porque precisavam de uma mulher que as ajudasse na adolescência".

João viu crescer as suas filhas felizes, boas alunas, com muitos amigos. João conhecia-os a todos, o motorista preferido para as saídas e para os mais diversos programas que ineventava, um verdadeiro companheiro e confidente da sua filha pequenina.

Uma pequenina que foi crescendo, mas continuou a consultá-lo em qualquer passo da sua vida, a procurá-lo para comerem uns caracois enquanto discutem as notícias do jornal, ou para passearem por Sintra onde ele lhe conta, mais uma vez, como aquilo era há muitos anos atrás, quando ele ainda namorava com Leonor. Uma pequenina, já crescida e com filhos, que olha para ele e lembra-se dos pequenos grandes gestos, que eram tudo. Como a acordava de manhã com carinho e a vestia com roupas escolhidas por ela e que nem sempre combinavam bem, das histórias de palhaços que inventava todas as noites para que comesse, como ficava acordado com ela ao colo nas noites de choro com outites. Não, não é um pai, pensa ela, sem hesitar. É o seu heroi.

 

História escrita para a Fábrica de Histórias.

publicado às 22:40

Escolhas

por Closet, em 21.05.09

 

 

Diariamente somos confrontados com escolhas que, no matter what, temos
irremediavelmente de fazer.
Eu nunca gostei de ter de escolher. Talvez por isso quando oiço os meus filhos dizerem "quero as duas coisas" , e de preferência, "ao mesmo tempo"...eu compreendo-os e doi-me obriga-los a optar. E isso reflecte-se em coisas tão simples como "ou sumo ou iogurte?", "ou patins ou bicicleta?".
Há poucos dias o meu filho mais novo pediu-me para comer um gelado mesmo antes de se deitar, "que tinha fome e que queria um gelado" disse-me com um sorriso nos olhos.
Disse-lhe que era melhor não. Que podia ficar com dores de barriga e até vomitar. Disse-lhe que comesse umas bolachinhas, não eram tão deliciosas, é um facto, nem mesmo aquilo que lhe apetecia no momento, mas tiravam-lhe a fome e ele dormiria confortado.
Reconheço que para uma criança negar um prazer imediato com a justificação de um "e se..." futuro, não funciona.
Disse-me com o mesmo sorriso rasgado que preferia o gelado, que se vomitasse não fazia mal, depois, se tivesse fome, comia as bolachinhas.
Realizei que não valia a pena, neste caso, tentar convence-lo (já basta quando não tenho outra hipótese!).
Há certos erros que só se aprendem com a experiência.
Deixei-o comer o gelado.

 

 Bom...e tenho esta música na cabeça...desde hoje à tarde, more or less....


I Thought You Would Leave Your Heart With Me - Rita Guerra
 
I still have both hands over old photographs
 To remind me of the laughter, and tears
 Times we made love, are more than enough,
 To count them on my souvenirs
But the one thing I had, I'm missing most
 Is the one thing I can't seem to find
I thought you would leave your heart with me
 And that part of you is all I need
 And someday you'd reappear,
 'Cause you knew you left it here
 The only place it could ever be

I thought I could watch you walk away
Knowing somewhere down the road you'd say:
 'It was all a big mistake, it was more than you could take',
I thought you would leave your heart with me...
 I was sure you were mine, just a matter of time
 Until I heard your knock at my door
 But I'm facing the facts, you're not coming back,
'Cause there's nothing to come back here for
 ll that I know, I can't keep on living a lie,
 
Oh, but darling... I can't hide the truth
 I thought you would leave your heart with me
And that part of you is all I need
And someday you'd reappear,
'Cause you knew you left it here
The only place it could ever be
And if I only knew, what I know now,
 I would have never let you go, I'd still be holding on somehow...

  I thought I could watch you walk away
  Knowing somewhere down the road you'd say
  'It was all a big mistake, it was more than you could take',
 I thought you would leave your heart with me..

 

publicado às 23:26

I sware

por Closet, em 21.05.09

Hoje fui testemunha de um julgamento da empresa... quer dizer... teoricamente porque acabei por ser dispensada de testemunhar. E logo eu que tinha ído de fato cinzentão, com ar super mega profissional (by the way, completamente demodé..odiei)... e sim, por lá estavam todos mal vestidos, a começar pelo réu e seu advogado com dentes salientes e voz de sirene...e o pessoal passeava-se todo com uma capa preta de vampiro...oh God...mudem a indumentária dos Tribunais, please!!

Mas a experiencia serviu-me para me questionar sobre a necessidade de "Jurar dizer a verdade"...parece uma coisa leviana, fácil, fácil...mas se a pergunta for confusa? e se sobre ela tivermos mais do que uma opinião? será que a verdade é sempre transparente e inquestionável?? nem sempre...pelo menos para mim.

Não acredito em verdades absolutas, acredito na verdade do momento, aqui e agora. Amanhã, por muito boa vontade que tenhamos, a verdade de hoje pode cair por terra. Nós mudamos, o mundo á nossa volta muda. Life goes on.

Por outro lado, há as meias verdades, como diz Margarida Rebelo Pinto "Falar verdade nem sempre é fácil, confrontar o outro com a nossa verdade pode ser ainda mais difícil" Porque a verdade pode tanto construir com destruir. E é nestes casos que se opta por omitir. Devemos dizer que não gostamos como ele fala de boca cheia, como ressona, como põe a camisola do pijama por dentro das calças, como se agarra ao comando da TV enquanto nós andamos a limpar a casa, coisinhas assim "insignificantes", ou devemos omitir estas verdades porque são pequenas ninharias? aha...como diz a escritora "a verdade não reside apenas nos grandes gestos nem é só vivida nos grandes momentos. Ela instala-se nos pequenos gestos do quotidiano e treina-se como um desporto."

Uma amiga minha separou-se do namorado com quem vivia exactamente porque... disseram estas pequenas grandes verdades e concordaram que, enquantos elas forem verdades, não conseguem viver juntos.

No entanto, calar e omitir, também não nos traz felicidade, leva-nos a um mundo imaginário que acaba por ruir...um segredo que nos estrangula, um veneno que nos corroi...

 

Bom...safei-me do juramento...pelo menos por hoje...

publicado às 00:45

Miss you

por Closet, em 19.05.09

Tenho um amigo que adoro que viaja bastante. Na verdade, tal é o jet lag que chego a pensar que os fusos horários que lhe baralham os sonos também lhe dão a volta à cabeça...para melhor , claro!! Que seria de nós sem um pouco de loucura?

Neste momento ele está em Budapeste e ... wonder why, num acto heróico, resolveu poupar 8 euros e dedicar-se à leitura do meu Blog... isto é uma private joke :) well done, my friend...mas logo agora que não tenho nada de jeito para dizer :(

Bom, confesso que a minha fraca cultura em geografia me fez ir à google saber a que país pertence Budapeste.. shame on me!..e voilá, no meu globozinho a passar Hungria...foi ELE!

"Darling, tenho de fazer a listinha dos países importantes que faltam aqui no Globo para tu ires abrindo o Blog por lá, OK??!!ehehe"

E só para que saibas, vou guardar-te a Flash desta semana que tem uma secção de lingerie especial para ti "Santas & Pecadoras" e em lojas "normais" hein??? Que evolução! Já não há desculpas!! Private joke again, sorry, mas ele está longe e dedicou-se ao meu Blog!!

 

E como tinha um feeling que ele voltava aqui, afinal estamos em crise e a poupança dá sempre jeito!! Sei que ele abre o Blog e diz "olha tu"... por isso coloquei aqui a Amy de propósito para ele (não porque eu seja parecida, NO WAY! mas porque ele gosta dela!), só faltam os copos, eheh...mas bebemos outra Margarita quando voltares ;) waiting...

 

E deixo aqui a citação que ele me deixou em comentário, e como duplicou penso que é uma indirecta, para ver se entra mesmo na minha cabecinha loira... we'll see... palavras como "serenity" e "wisdom" são hummm...complicadas para mim =)

 

"May I have the serenity to accept the things I cannot change,
The courage to change the things I can
The wisdom to know the difference"

publicado às 22:53

Palavras

por Closet, em 18.05.09

 

Dissemos quase tudo

o mais importante ficou para depois,

brincámos com palavras inventadas

embrulhadas num novelo de emoções.

Dissemos quase tudo

o que entre nós havia para dizer,

alegres, tristes, irritados

presos numa teia até adormecer.

Desejei impune os teus lábios

sonhei que as palavras saiam deles

sedentas, a escorrer

as palavras, as malditas palavras

que me incendiaram sem perceber.

Calaste-me com um beijo,

Perdi o norte, bloqueei a razão

e as palavras esperadas, pobres

submissas ao prazer da ilusão .

Seguimos o nosso trilho

de costas voltadas, despidos e sós,

tua e minha, uma solidão

num monólogo sem voz.

Se sinto a tua falta? Jamais te diria.

Em mim existe o vazio enorme das palavras,

aquelas que me deslumbraram um dia,

que disseram quase tudo,

quase tudo, menos o que mais esperava

o que tardava e eu nunca ouvi

dizerem simplesmente "não vás, fica aqui".

 

publicado às 23:10

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