Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
... e que me orgulho
chegar a casa às 21h00 como hoje, depois de faltar à fisioterapia again, estoirada do trabalho e...ouvir os meus ninjas falarem (eu disse falarem?) ininterruptamente em simultâneo enquanto me puxam para mostrar isto e aquilo e à e tal, "deixem-me só pousar a mala"... n'um dá, ok, vamos lá por o CD do Panda e dançar o Ursinho Gummy...e lá danço à volta da mesa como uma tribo índia (afinal havia fichas de avaliação com Muito Bom a todas as disciplinas=D)
...e que aborreço os outros
"Não é esse o cartão" diz-me por cima do ombro um sujeito depois de eu estar 30 segundos a passar no dispositivo contactless para abrir as portadas inteligentes do metro o meu cartão do trabalho. Confesso que isso acontece-me aí umas... 10 vezes por semana... Pior ainda quando deixo cair os pacotes de açucar vazios que tenho enfiados na minha bolsinha amarela porta-cartões. Não passo, não deixo passar ninguém e chego mesmo a bloquear o sistema e a ter de passar colada ao vizinho de trás. É vê-los a bufar e a perder a cabeça...
Hoje um senhor gentil debruçou-se também para o chão, não sei bem se por ter gostado da linda cor dos meus olhos, se por estar com pressa e querer mesmo que eu lhe desaparecesse da frente... whatever! Quando agarrou um pacote ficou espantado e deixou escapar "era isto que guardava?" como se estivesse a falar de um lenço de papel ranhoso (by the way já entreguei um em mão a um empregado de mesa para colocar no lixo e parece que fui a vergonha dos meus amigos...shame on me, juro que não estava ranhoso, só amarrotado)... Arranquei-lhe o pacote da mão e disse "é e acredite que este é difícil de encontrar" e virei-lhe as costas. Era só o pacote "Um dia danço contigo no meio da rua", saiu-me só duas vezes e dei o primeiro, no way, não perco aquele! Gente insensível!
...que não consigo evitar
Dou por mim constantemente a virar para o lado errado. Uma rua de sentido proibido, a saída de metro fechada, a porta que eu empurro e é para puxar, às vezes até me apetece entrar na rotunda pelo lado contrário só para não ter de dar a volta inteira à rotunda...na maioria das vezes até sei de cor o caminho, sei que não é por ali, sei que tenho de puxar... sou distraída, demasiado, e não consigo evitar.
...que detesto
não dizer ou fazer aquilo que me apetece... dá cabo de mim e passo a vida a engolir sapos. E by the way esta expressão também não me agrada. O que quero dizer é que passo a vida a "passar à frente", move on, para não me chatiar. Bom, confesso também que me apetecia responder à letra a e-mails parvos de alguém dez anos mais velho que eu, que nem sabia o nome, a dizer que estou bonita... com a minha pancada da idade tento acreditar que aquilo é uma saudação de pai para filha, faço a minha cara 26 sorridente e para todos os efeitos nunca recebi tal mail... siga.
...que adoro
falar e escrever. Falo pelos cotovelos e escrevo como falo, sem pensar muito, o que sair sai! E é bom até no trabalho trocar e-mails com os colegas a brincar com as maluqueiras do dia-a-dia, tenho vários colegas divertidos e até nisso dá para escrevinhar e rir "bora lá tomar um cafezito que já estou a dormir" é o meu mail preferido, estilo código morse, com uma colega que adoro e me ajuda a passar o dia ;-)
e por falar em escrever... sou a 2ª feliz contemplada do Desafio da Fábrica de Histórias... Whish me luck! Já tenho comigo os ficheiros para continuar e até estou com vontade de meter férias para me dedicar aquilo! Até comprei u caderninho novo para ir rabiscando! Vamos lá ver se não vou matar alguma personagem, ou engravidar outra, ou arranjar uma traiçãozita!! eheh You'll never know... vai-me custar é ficar tanto tempo à espera para saber o desfecho que a história vai levar... mas não sou curiosa, vou aguentar! Até lá sou um túm ulo! É que falo pelos cotovelos, mas, normalmente, deixo o mais importante por dizer ;-)Just me!
Como diz o poema
"Vê se podes entender aquilo que não te digo
Dava tudo por saber, porque maldito castigo
Deixo o melhor para dizer, sempre que falo contigo
Mas qual! Nasci para ser o meu maio inimigo!
Vê se podes entender, aquilo que não te digo!" Jaime Lúcio