Bom... ainda não comecei mas tenho um feeling que vai ser um pouquiiiinho extenso... quem não tiver paciência faça scrol down e vá directo ao resumo e às fotos. Para abrir o apetite posso adiantar que foi extremely exiting, gorgeous and romantic, incluindo ficarmos presos numa estação de metro, assistir a uma detenção da NYPD e usufruir de uma visiting tour ao St Luke’s Roosevelt Hospital. É que só uma simples visita de turismo tinha pouca adrenalina para mim!
Day 1 – Tina’s Forever
Chegámos quase 1 hora antes (e não fui eu que subornei o piloto para chegar a tempo do concerto), tínhamos o carro alugado com GPS à nossa espera, reluzente magnífico como um frigorífico novinho. Só tinha era 2 pedais e mudanças automáticas ... o que foi divertido assistir aos soluços do engenheiro expert em matéria de automóveis a tentar arrancar!! Mas fomos direitinho as 70 milhas, passando pontes e portagens, e chegámos 1 hora antes ao Nassau Coliseum... acho mesmo que fomos dos primeiros a entrar! A média de idades dos espectadores é que era um bocadinhozinho maior do que eu esperava, rondava os 50 anos (mas fizemos logo amizades) e... havia lá muita malta com idade para ser meus avós!!! Mas pediram-me identificação para beber uma cerveja porque era obrigatório para menores de 30 anos, UAU, adoro aquela malta! O concerto foi espectacular, com 5 toilletes diferentes (desde um conjunto de leggings e top preto brilhante, a um mini vestido vermelho, e sempre com uns maravilhosos pumps), bailarinas fantásticas, palcos suspensos e fumos a sairem do chão, muito cool. A minha Tina está fantástica, por mais que me digam que ela não é bonita, eu acho-a linda, adoro-a ver a dançar e ela fartou-se de dançar com as 4 bailarinas. Dos temas mais conhecidos penso que só falhou o "Silent Wings" e... a música que só eu devo gostar "Dancing in my dreams". De resto, cantou entusiasticamente a "What love got to do with it" com o público “woman sing it with an attitude and man sing it ruf” e arrasou com o "Typical Male" e o "Private Dancer". Terminou num palco por cima do público com o "Be tender with me baby”… Amei. Chegámos direitinho ao hotel, os GPS são uma excelente invenção, e o maridão um condutor exímio (eu adormeci no caminho, confesso!).
Day 2 – Olhares que vagueiam
O nosso hotel estava magnificamente situado na 54th fazendo esquina com a Broadway, o que nos permitiu conhecer muita coisa a pé. Neste dia programámos subir o Rockefeller e ver a vista fabulosa de Manhattan. Foi lá que gritámos o I love you, porque decidimos já não subir ao Empire que seria semelhante. Visitámos a St Thomas Church e a St Patricks Cathedral, assim só para a minha irmã não se zangar comigo!! Depois passámos grande parte do dia no Museu de Arte Moderna que tinha uma exposição nova de Miró, e devo admitir que não fazia ideia da diversidade de estilos que ele abraçou, e uma exposição alargada de Van Gogh. Adorei o museu, conheci melhor alguns pintores, e apaixonei-me por algumas telas. Trouxemos uns posters de recuerdos! Foi a 1ª noite na Times Square, as luzes inundam os olhos e a multidão na rua é estonteante. Um movimento de gentes diferentes, uma mistura de culturas e pronúncias, que nos fazem sentir estranhamente em casa. Os argumentistas não são muito criativos, os americanos são mesmo calorosos e simpáticos, sempre a chamarem “honey, what’s your name?”,“Hi sweety” e até escreviam o meu nome “Sunny”... very cool!!
Day 3 – Nothing will ever be the same
Atravessámos o Central Park e é como os filmes, as pessoas passeiam os cães e algumas apaixonam-se com o entrelaçar das trelas, vêem-se pais a correr empurrando um carrinho de bébé, outros com crianças de trotinete, desportistas de bicicleta vestidos a rigor...GIRO. Visitámos o zoo mas tivemos alguma dificulade em encontar um ou outro bicho... os macacos lá apareceram contrariados com a nossa visita (afinal era cedo e estava -1º) e o panda vermelho... bom deve ter ído a Madagáscar ver a família. O Guggenheim tem uma arquitectura fantástica, alguns quadros lindos, incluindo de Kandinsky, mas a exposição de fotos era um bocadinhozinho à frente... eu não percebo nada de fotografia e o tema também não me seduziu, masoquismo não é um estilo que aprecie... vi de relance. Mas gostei das frases escritas por todo lado, e achei graça a esta “From the moment you read these words until you meet someone with blue eyes”. A bem dizer, para mim toda a gente que eu gosto, me encanta ou me perturba tem olhos azuis que é a minha cor de olhos preferida! Gostei! Seguimos para o Museu de História Natural. Os dinossauros nunca foram um tema que me interessasse muito, demasiado velhos...apesar do meu filho saber mais desta matéria que eu,... os animais expostos não se mexiam e as pessoas de roupas estranhas e old fashion não falavam... eram enfadonhas! Bom, mas aprendi as diferenças entre os rinosserontes pretos e os brancos (os 1ºs têm o lábio em bico) e os asiáticos que só têm um corno. Aprendi também estupefacta que o cérebro humano tem 100 biliões de neurónios e são as networks entre eles que tornam cada pessoa única. Giro!! Bom, e o que gostei mais foi o piso -1 da exposição de Pedras que é um fetiche que tenho, pois que estavam lá “joias do espaço” e uma sala enorme de minerais, incluindo geodos de ágata e ametista, liiindos, toquei num enorme, acho que era verdadeiro! Enquanto filmava as pedras com os olhos o engenheiro ía-me explicando a tabela periódica com os seus componentes, hidrogénio, lítio, etc. Fazemos uma bela dupla!
Day 4 – Killing me softly
Definitivamente o dia em que andámos mais... Começámos por uma curta incursão a Harlem para assistir a uma famosa missa com gospel... mas depois de ver a fila de turistas que rodeavam o quarteirão achei que a missa iria ser desvirtuada, não quería ver um espectáculo mas uma missa com pessoas residentes... fomos embora em direcção à outra ponta da ilha – Wall Street. Tivemos uma pequena aventura quando à saída do metro ficámos fechados no hall. Pois que os torniquetes de saída estavam abertos, mas os torniquetes de entrada e os portões da rua estavam fechados... Cool. Eramos 6, nós, 2 espanhóis e 2 japoneses... confesso que enquanto o maridão tentava convencer alguém pelo telefone do Costumer Service que de facto estavamos fechados, eu fui tirando algumas fotos do acontecimento! 30 minutos depois, lá veio um guarda abrir-nos o portão da rua. Freedoom! Conheci o George Washinton, simpático mas pouco conversador, e passeámos por aquele centro empresarial. Seguimos para a igreja Saint Paul mesmo em frente às antigas Torres Gémeas, e acabámos por assistir a uma missa, não com gospel mas também cantaram, e... não sei bem como, mas quando dei conta já estava a ser empurrada por um senhor negro simpático para ir comungar “it’s good for your soul”disse ele... e lá fomos nós. Depois visitámos o Ground zero e seguimos para a a zona portuária em redor da ponte de Brooklyn. Estava demasiado frio para ver a Sra Liberdade, mandei-lhe um postal a desculpar-me mas corria o risco de acabar como os náufragos do Titanic... nãaaa... vejo-a da próxima vez! Corremos as ruas movimentadas de Chinatown, as mercearias de rua, as casas de jogo suspeitas, os cabeleireiros de homem a cada esquina (malta vaidosa!),... um mundo à parte que foi invadindo a little Italy que quase não se dá por ela (bem,... vi alguns com ar de mafiosos!). Depois passeámos por Soho, com as suas galerias de arte e cafés very trendy! Cool. Jantámos no restaurante que me recomendaram em Soho, Lola is soul, com música ao vivo nos estilos blues e soul... a comida, o vinho, o cocktail, tudo era fantástico. Uma frase da Tina Turner estava escrita numa parede “This is what I want in heaven, words to become notes and conversations to be symphonies”. Ficámos na 1º fila mesmo em frente ao palco e arrepiei-me com algumas músicas. “Where is love” cantado num dueto e “Killing me softly” foi too much!
Day 5 – Christmas Shopping
Reservámos este dia para ir a um Outlet – Woodbury. Apesar de toda a gente achar que eu queria ir para as compras, a verdade é que não fui com nenhuma ideia especial em mente e comprei realmente pouca coisa neste outlet para mim (só gostei mesmo da loja da Banana Republic). Aproveitámos para comprar presentes de Natal, principalmente para a criançada, e para satisfazer algumas encomendas... só houve uma que não consegui e bem que me esforcei...Encontrei uma colega da faculdade (e eu que não encontrasse alguém!) e voltámos cansados mas com o sentimento de Missão cumprida. Pronto, confesso que em Manhattan já tinha comprado umas calças DKNY e umas botas Nine West :P
Day 6 – Last slide
Para este último dia tínhamos decidido ficar pelo Central Park já que tínhamos reservado um carro para nos buscar ao hotel às 15h. Por algum motivo tínhamos decidido patinar no últimos dia.. mesmo tendo passado por lá antes, bem como pelo ring do Rockfeller e outro que está num parque também lá perto... just in case... era melhor deixar para o fim! Foi uma hora magnífica a deslizar, tentámos um pouco de patinagem artística, o maridão conseguiu patinar para trás e eu patinei com uma perna no ar, Very Cool, várias piruetas, nem todas programadas e... bom... decidi certificar-me que o gelo era mesmo duro e fui desamparada com o pulso ao chão... pois que começou a inchar e a ficar negro e lá fui ao paramédico com ar de cantor ragae para me ver o pulso... “oh sweety it doens’t look good, you must go to a Hospital”... not so cool… lá fomos nós de taxi com uma luva cirúrgica cheia de cubos de gelo em cima do pulso para o St Luke’s Roosevelt Hospital. Aposto que nenhum dos meus amigos conhece!!! A sala de espera para a triagem não era nada cool, a bem dizer tinha do lado direito um Dep. Psiquiátrico, ao que o maridão me avisou logo para eu estar calada... a malta era estranha e eu convenci-me que iam todos para aquele lado... desde uma japonesa sentada atrás de mim de olhos fechados que se abanava freneticamente para trás e para a frente enquanto balbucinava qualquer coisa em mandarim, ao homem giraço de boné, camisola de alças de decote quadrado (onde é que ele descobriu aquilo??) que salientava a sua proeminente barriga e um casaco branco de fato-treino,...céus... pois como se não bastasse a figura ele abria o telefone que tocava a 5ª sinfonia de Bethoven enquanto ele cantarolava algo ao mesmo tempo... foi aterrador...Bom lá fui chamada, fizeram 3 vezes as perguntas básicas, nome, idade e data de nascimento (pensei seriamente que ía para a ala psiquiátrica mas depois informaram-me que era para despistar se a pessoa estava totalmente consciente... brrr...e mediram-me a tensão, e a febre, e... nada do pulso... tive de dizer... “it’s the wrist”. Bom, lá segui a green line e no departamento de urgência ortopédica eram todos normais e amorosos, desde o radiologista que me chamava Honey e que gostou tanto da minha mão que me chamou uma segunda vez para mais uma sessão fotográfica... às enfermeiras que me chamavam preety, à ortopedista que apesar de me transformar em múmia disse que depois podia pintar o gesso da cor das unhas (note-se que tinha umas unhas novas coleantes que me tinham oferecido, último grito da sephora, que por acaso se revelaram totalmente roxas à luz do dia...um sucesso lá no hospital e ainda ando com elas!). Bom, foi um pulso partido... nem o fiz por menos,... mas foi no Central Park, não foi numa sarjeta qualquer,... chique! Adorei patinar e voltava a fazer outra vez de certeza, que se lixe o pulso. Eu passo a vida a cair mas levanto-me sempre. Este gesso é que era dispensável, mas vejo sempre um lado positivo, posso ir a um baile de máscaras, vou de múmia e by the way já só preciso comprar ¾ do fato! O pessoal do Hospital ofereceu-me um CD com as fotos do meu pulso (quem é que tem um??), desejou-nos boa viagem e ainda agradeceu termos incluído o hospital no nosso Visiting Tour. Malta simpática! Lá tivemos de pedir ao motorista para nos vir buscar ao hospital, até era mais fino, ir buscar ao hotel já está demodé! E goodbye NYC. Voltarei em breve para ver um espectáculo na Broadway e assistir a um jogo da NBA!!
Ao nosso amigo que nos enviou uma mensagem logo no 1º dia sobre como estava a correr o Sexo e a Cidade, aqui vai a resposta: foram “that moments that take our breath away”!
RESUMO (para as pessoas normais!)
NYC pelos meus sentidos:
Olhar:as luzes da Times Square, das árvores de Natal, a simpatia no olhar das pessoas.
Paladar: as Cheese Pretzel e o Starbucks cafe.
Audição:o coro de um colégio á porta da St Thomas Church com os cânticos natalícios, definitivamente os blues do Lola.
Olfacto: as carnes e kebahs grelhadas na rua.
Tacto: gelo, do ring de patinagem do Central Park, dos cubos de gelo dentro da luva, do saco de gelo do hospital... gelo definitivamente!
Imaginação: fazia vários posts sobre isto... bom, vamos viver para Manhattan, num prédio charmoso numa transversal da 5ª Av com a Madison Av, lá pela 70th Str, perto do Central Park. O maridão larga as fábricas, as caldeiras, as serras, as linhas e os turnos e vai trabalhar para Wall Street numa multinacional. Eu vou trabalhar em part-time para a Victoria’s Secret. Gostei do edifício, não sei bem o que poderia lá fazer mas, maybe, podia dar umas dicas aos designers! Os filhotes andavam num colégio cool perto de casa. Aos finsde-semana patinavamos nos Central Park (artilhados de protecções até aos dentes!), à tarde fazia umas compritas com a Sarah (Jessica Parker) e à noite íamos ver espectáculos, um jogo da NBA ou ouvir Blues ou Jazz...parece-me bem!