Não sou fã de todas as músicas mas confesso que adoro a maioria dos textos. É uma pessoa que admiro e gosto bastante do seu estilo muito próprio e invulgar. A pedido de alguns, fica aqui uma declaração a Jorge Palma! Bom concerto!
A verde itálico estão um mix baralhado de frases das suas músicas.
Jorge Palma
Porque a nossa história começa na total escuridão, eu não te conheço, tu não me conheces, mas o impossível seduz. Foste ganhando terreno e já parece que te conheço há uma eternidade. Nem calculas que penso tanto em ti, de manhã, à tarde e ao anoitecer. E cá vou andando. A ouvir-te sempre que posso, sem encontro marcado. Porque ao teu lado o sol parece maior e há um paraíso no teu olhar...
Gosto de ti porque … sim!
Desde quando? Eu sei lá.
A vida é um carrossel. Não tenho explicação lógica ou motivo racional. Pode ser minha invenção mas estou segura que isto é verdadeiramente gostar. Sentir paz a ouvir-te, gozar a tua companhia enquanto sonho, baloiçar por entre as notas musicais.
A tua imagem não é de Apolo mas faz-me sorrir. Tudo bem. Os morangos estão lá para quem os souber encontrar.
O espaço tem o volume da imaginação e apaixonei-me pelos teus textos, pelo que dizes nas entrelinhas. Não percebeste? E assim, num voo nocturno, com o coração a planar, desejo eternamente que te encostes a mim, que te enrosques na minha vida e me deixes ficar. Não há passos divergentes para quem se quer encontrar. Eu não preciso de mais nada. É bom sorrir um pouco. Descontrair-me um pouco. Eu sei que tu me compreendes bem.
A vida é uma enorme encruzilhada. Há quem viva escondido a vida inteira. Andamos á deriva na água. Tu tens de ser rápido. Senão vais-te afundar. Mesmo estranho, gosto de ti como és, até do que não te conheço ser, por isso não tentes surpreender-me. Que seria do amor sem imaginação? Canta poemas que me seduzam, com ou sem whisky de malte vou-te compreender, e vou precisar do teu ombro, porque às vezes sinto-me frágil. Mas o teu olhar tem razões que o coração não frequenta. És um animal solitário, tens medo de te dar, pássaro esquivo de cativeiro. Já chega de ilusões, ganhaste o vício da estrada. Pois é, pois é. E em vidas paralelas, cá estamos nós outra vez, eu vou ficando deste lado a ouvir-te cantar, vou ficando por perto até nos fartarmos, enquanto houver estrada para andar. De que é que tu estás á espera? Mal e bem – só mais um beijo.
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