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Badajoz

por Closet, em 15.10.08

Este post é dedicado a uma amiga muito especial. O título só ela entende.

Mal li este poema lembrei-me dela e não aguentei em enviar-lhe hoje. Ela,  apesar de assumir não ser boa gestora de emoções (e nisso eu não lhe posso ensinar nada...), vai em frente, não vacila, sente-se "viva". Confesso que os meus olhos se encheram de lágrimas com a resposta que me enviou.

Não é qualquer um que sobrevive a um furacão e continua a construir com amor uma cabana.

Amiga, é para ti! Sabes que te admiro bastante, a reflexão e a análise são coisas que me agridem e o juízo é algo a que não me permito. Estou e estarei sempre do teu lado, porque ser imparcial é uma pretensão que não tenho.

 Só vou acrescentar mais uma frasezita que encontrei de um tal senhor muito interessante Ralph Waldo Emerson: «Foi um grande conselho que ouvi certa vez dado a um jovem: "Faça o que tiver medo de fazer"». Pareceu-me também apropriado!

 

 E agora Pablo Neruda para ti!

 

"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quem não conhece.
 
Morre lentamente quem faz da televisão seu guru.
 
Morre lentamente quem evita uma paixão,
quem prefere o negro ao invés do branco
e os pontos nos iiii a um redemoinho de emoções,
exactamente o que resgata o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios e o coração aos tropeços.
 
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
 
Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
ouvir conselhos sensatos.
 
Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
 
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua má sorte, ou da chuva incessante.
 
Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio e quem não se deixa ajudar.
 
Morre lentamente quem abandona um projecto antes de inicia-lo,
nunca pergunta sobre um assunto que desconhece
e nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabe.
 
Evitamos a morte em suaves porções,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples ar que respiramos e...
somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeira felicidade."
 

 

 

publicado às 20:55


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