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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
A pedido de alguns, e com a pouca vontade que tenho de falar do meu dia, aqui vai mais um bocadinho do que poderia ser uma versão da história da morena e do homem de fato:
Uma sexta-feira de manhã, quando se cruzaram, o homem de fato passou pela morena, que nervosa fingia que procurava algo dentro da mala só para não o confrontar, e perguntou "tens alguma coisa marcada para o fim-de-semana?". Ela estremeceu. Claro que tinha as habituais saídas com as amigas, que aliás fazia todos os fins-de-semana, mas deveria dizer o quê? Afinal que poderia ele querer? Meio hesitante balbuciou "nada de especial, porquê?".
- "Vou a Paris" - disse ele com uma ar sério, como se fosse o seu director. "queres vir comigo?". O castelo de cartas dela ruiu, nunca tinha ído a Paris e aquele convite vindo de um estranho parecia uma verdadeira loucura aceitar. Mas o impulso e a irracional atracção que sentia por aquele homem falou mais alto e , sem ainda saber como e porquê, respondeu com um peremptório "Sim". Ele apenas disse"óptimo, amanhã aparece aqui às 9h00 "e foi-se embora.
A morena passou o resto do dia a pensar porque tinha dito aquilo, porque não fez mais perguntas, porque deixou-o partir e nem tinha pedido o seu telefone para falar sobre o assunto... nessa noite nem conseguiu dormir, virava e revirava a mala, tinha lá colocado os seus melhores vestidos e sapatos, a sua lingerie mais sexy, o seu perfume mais irresistível, tudo como se de um verdadeiro fim-de-semana romântico se tratasse... mas no fundo não fazia ideia do que a esperava. Nem mesmo sabia onde ia dormir, se aquilo era uma espécie de affair ou então o que podia ser???
No dia seguinte ela andou às voltas antes de entrar no café. Tinha a certeza que uma vez lá dentro já não tinha hipótese de sair. Seria um mergulho numa piscina sem pé, e teria de nadar se não se quisesse afogar... Entrou às 9h10. Ele já lá estava dentro na sua mesa do canto e olhou-a com os mesmos olhos penetrantes que ela tanto tentava evitar. "olá, estranha? Queres comer alguma coisa?" perguntou como se estivessem na situação mais vulgar do mundo. Ela poisou a sua mala e disse-lhe ainda com a voz trémula "estavas a brincar, não vamos a Paris, certo?".
"Errado" disse ele, "o avião é daqui a 2 horas e precisamo-nos de despachar, sempre queres comer algo?" disse ele com uma calma que a enervava. "Não, já comi" respondeu. Ele pagou a conta e agarrou na mala dela. Entraram num carro espaçoso que ela nem se apercebera a marca e foram directo para o aeroporto. Fizeram o check-in e entraram para o avião, e ele falava com ela sem parar das coisas mais triviais, agarrara os jornais do dia, umas revistas femininas para ela,... ela ía muda, incrédula do que lhe estava a acontecer. Não conseguia dizer mais do que "sim" e "não" e quando se sentou no avião a noite em branco reflectiu-se e ela adormeceu encostada ao ombro daquele homem que habitava os seus sonhos há algum tempo. Nem deu pelo descolar. Acordou subitamente com um afago na sua cara, abriu os olhos ainda a pensar que tinha estado a sonhar, mas era ele que lhe dizia "Chegámos". "Onde?" perguntou ainda ela em estado inerte. " A Paris, onde havia de ser, vamos levanta-te que já estão pessoas a sair". Foram de táxi para um hotel no centro da cidade, tinham um quarto de casal reservado, apenas um,... entraram e colocaram lá as malas, ele perguntou-lhe se queria mudar de roupa ou se podiam sair já para almoçar. Meio assustada ela disse prontamente "podemos ir almoçar". Almoçaram num restaurante de rua, ele continuava da falar das coisas mais banais como se sempre a tivesse conhecido até que ela encheu-se de coragem e perguntou "o que queres de mim?" Sim, essa era a pergunta que deveria ter feito logo no momento do convite mas a vontade de aceitar era gigante comparando com a racionalidade da pergunta... Ele fitou-a, olhou-a demoradamente bem dentro dos seus olhos, ao ponto dela se sentir quase despida, e disse "o mesmo que tu". Esta resposta enrregelou-a e então continuaram a refeição em silêncio. À tarde ele levou-a à Torre Eiffel, ela nunca lá tinha estado e tudo parecia um sonho. Quando chegaram lá no alto ele apertou-a inesperadamente contra ele pela cintura, segurou-lhe a cara com a outra mão e disse-lhe "quero saber o que sinto a beijar-te". Como era possível ele querer exactamente o mesmo que ela? E ela perguntou ainda meio tonta "e tinha de ser aqui em Paris no alto da Torre Eiffel?". Ele simplesmente disse "Porque sei que vai ser um momento único e inesquecível, e aqui estamos mais perto das nuvens que é para onde te quero levar depois deste beijo". Beijaram-se como se o mundo fosse acabar naquele instante, loucos de atracçao um pelo outro, as mãos tacteavam as costas arrepiadas, deslizavam pela cintura, afagavam a cabeça. Foi O BEIJO mais longo e mais delicioso que a morena alguma vez teve, e naquele momento sentiu que apenas queria estar nos braços dele, acontecesse o que acontecesse. E ele sentiu o mesmo." By Closet
Esta é uma versão lamechas e pirosa de romantismo, própria para cardíacos!
http://www.imeem.com/toyo925/music/HvRBR9Ru/kenny_rogers_sheena_easton_weve_got_tonight/
Finalmente voltei ao ginásio para fazer aquilo que lá se costuma fazer – ginástica.
http://www.imeem.com/yeawhat3v3r/music/oT43R95s/prince_kiss/