Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




De volta à morena

por Closet, em 14.08.08

A pedido de alguns, e com a pouca vontade que tenho de falar do meu dia, aqui vai mais um bocadinho do que poderia ser uma versão da história da morena e do homem de fato:

 

Uma sexta-feira de manhã, quando se cruzaram, o homem de fato passou pela morena, que nervosa fingia que procurava algo dentro da mala só para não o confrontar, e perguntou "tens alguma coisa marcada para o fim-de-semana?". Ela estremeceu. Claro que tinha as habituais saídas com as amigas, que aliás fazia todos os fins-de-semana, mas deveria dizer o quê? Afinal que poderia ele querer? Meio hesitante balbuciou "nada de especial, porquê?".

- "Vou a Paris" - disse ele com uma ar sério, como se fosse o seu director. "queres vir comigo?". O castelo de cartas dela ruiu, nunca tinha ído a Paris e aquele convite vindo de um estranho parecia uma verdadeira loucura aceitar. Mas o impulso e a irracional atracção que sentia por aquele homem falou mais alto e , sem ainda saber como e porquê, respondeu com um peremptório "Sim".  Ele apenas disse"óptimo, amanhã aparece aqui às 9h00 "e foi-se embora.

A morena passou o resto do dia a pensar porque tinha dito aquilo, porque não fez mais perguntas, porque deixou-o partir e nem tinha pedido o seu telefone para falar sobre o assunto... nessa noite nem conseguiu dormir, virava e revirava a mala, tinha lá colocado os seus melhores vestidos e sapatos, a sua lingerie mais sexy, o seu perfume mais irresistível, tudo como se de um verdadeiro fim-de-semana romântico se tratasse... mas no fundo não fazia ideia do que a esperava. Nem mesmo sabia onde ia dormir, se aquilo era uma espécie de affair ou então o que podia ser???

No dia seguinte ela andou às voltas antes de entrar no café. Tinha a certeza que uma vez lá dentro já não tinha hipótese de sair. Seria um mergulho numa piscina sem pé, e teria de nadar se não se quisesse afogar... Entrou às 9h10. Ele já lá estava dentro na sua mesa do canto e olhou-a com os mesmos olhos penetrantes que ela tanto tentava evitar. "olá, estranha? Queres comer alguma coisa?" perguntou como se estivessem na situação mais vulgar do mundo. Ela poisou a sua mala e disse-lhe ainda com a voz trémula "estavas a brincar, não vamos a Paris, certo?".

"Errado" disse ele, "o avião é daqui a 2 horas e precisamo-nos de despachar, sempre queres comer algo?" disse ele com uma calma que a enervava. "Não, já comi" respondeu. Ele pagou a conta e agarrou na mala dela. Entraram num carro espaçoso que ela nem se apercebera a marca e foram directo para o aeroporto. Fizeram o check-in e entraram para o avião, e ele falava com ela sem parar das coisas mais triviais, agarrara os jornais do dia, umas revistas femininas para ela,... ela ía muda, incrédula do que lhe estava a acontecer. Não conseguia dizer mais do que "sim" e "não" e quando se sentou no avião a noite em branco reflectiu-se e ela adormeceu encostada ao ombro daquele homem que habitava os seus sonhos há algum tempo. Nem deu pelo descolar. Acordou subitamente com um afago na sua cara, abriu os olhos ainda a pensar que tinha estado a sonhar, mas era ele que lhe dizia "Chegámos". "Onde?" perguntou ainda ela em estado inerte. " A Paris, onde havia de ser, vamos levanta-te que já estão pessoas a sair". Foram de táxi para um hotel no centro da cidade, tinham um quarto de casal reservado, apenas um,... entraram e colocaram lá as malas, ele perguntou-lhe se queria mudar de roupa ou se podiam sair já para almoçar. Meio assustada ela disse prontamente "podemos ir almoçar". Almoçaram num restaurante de rua, ele continuava da falar das coisas mais banais como se sempre a tivesse conhecido até que ela encheu-se de coragem e perguntou "o que queres de mim?" Sim, essa era a pergunta que deveria ter feito logo no momento do convite mas a vontade de aceitar era gigante comparando com a racionalidade da pergunta... Ele fitou-a, olhou-a demoradamente bem dentro dos seus olhos, ao ponto dela se sentir quase despida, e disse "o mesmo que tu". Esta resposta enrregelou-a e então continuaram a refeição em silêncio. À tarde ele levou-a à Torre Eiffel, ela nunca lá tinha estado e tudo parecia um sonho. Quando chegaram lá no alto ele apertou-a inesperadamente contra ele pela cintura, segurou-lhe a cara com a outra mão e disse-lhe "quero saber o que sinto a beijar-te". Como era possível ele querer exactamente o mesmo que ela? E ela perguntou ainda meio tonta "e tinha de ser aqui em Paris no alto da Torre Eiffel?". Ele simplesmente disse "Porque sei que vai ser um momento único e inesquecível, e aqui estamos mais perto das nuvens que é para onde te quero levar depois deste beijo". Beijaram-se como se o mundo fosse acabar naquele instante, loucos de atracçao um pelo outro, as mãos tacteavam as costas arrepiadas, deslizavam pela cintura, afagavam a cabeça. Foi O BEIJO mais longo e mais delicioso que a morena alguma vez teve, e naquele momento sentiu que apenas queria estar nos braços dele, acontecesse o que acontecesse. E ele sentiu o mesmo." By Closet

 

Esta é uma versão lamechas e pirosa de romantismo, própria para cardíacos!

 

http://www.imeem.com/toyo925/music/HvRBR9Ru/kenny_rogers_sheena_easton_weve_got_tonight/

 

publicado às 22:00

Tudo por 1 gr de celulite

por Closet, em 14.08.08

Finalmente voltei ao ginásio para fazer aquilo que lá se costuma fazer – ginástica.

Fui com um colega meu fazer aula de RPM, porque pensei que, pelo menos, ía estar em cima da bicicleta e não tinha de pular muito. Costumo chegar sempre atrasada e fico com agrado na última fila, mas logo hoje cheguei a horas e quando entrámos ainda estava pouca gente. Fui lançada buscar a bicicleta e ía directa para a 2ª fila quando a professora nos convidou (leia-se “obrigou”) a instalarmo-nos os dois num minúsculo espaço que existia na 1ª fila. Pressenti logo que aquilo não ía ser boa ideia, eu nunca fico na 1ª fila, para quando bem me apetecer parar de pedalar e descansar um bocado (o que os maníacos da 1ª fila não fazem, para além de gritarem coisas estranhas nos sprints).
Bom, com algum custo encaixámos as 2 bicicletas no dito buraco mesmo à frente da professora (porque será que existia aquele buraco?) e bem coladinhos uns aos outros começámos a pedalar... ao meu lado, para além do meu colega, tinha do outro lado um senhor de 50 e muitos anos, com ar de quem já não devia andar naquelas andanças. Mal começámos a rodar os braços para aquecer vi que aquilo não ía dar resultado, enquanto que com o meu colega dava para coordenar as rotações para não chocarmos, já com o dito companheiro do lado tal tarefa era impossível e ao fim de 3 embaraçamentos de braços, e o senhor já estava suado logo no aquecimento, desisti de rodar aquele braço.
Aquela aula agrada-me, também, porque é o que eu tenho de mais próximo de ir a uma discoteca nos últimos tempos: música alta, às escuras e com a bola de luzes no tecto a girar (e hoje ainda beneficiei do efeito de sardinha em lata como se estivesse na discoteca da moda), se não tivesse que pedalar até seria perfeito!
Lá subimos as montanhas e sprintámos quanto a mim mais que o qb. Ouvimos efusivamente a professora (que prometeu não falar muito porque estava quase sem voz, o que seria se a tivesse...) a gritar aqueles motivadores “fiquem comigo, ninguém desiste agora, é ate ao fim, mais carga” e nestas alturas eu dou comigo a pensar que parece que entrei numa igreja daquelas tipo Reino de Deus e estou a pagar pelos meus pecados...
Também passei a aula preocupada com a parte final em que fazemos os alongamentos ao lado da bicicleta, é que eu tinha uma bicicleta atrás e estava completamente ladeada dos lados. Assim, das duas uma, ou eu fazia ao colo do homem ou o homem fazia ao meu colo, e confesso que nenhuma das situações me agradava, ainda para mais no estado alagado em que ele estava...
Mas, não sei se persuadido pela minha decisão de nunca mais rodar o braço direito no fim de cada faixa para não esbracejar com ele, o senhor teve a amabilidade de não fazer a última faixa e sair mais cedo. Respirei de alívio, rodei freneticamente o ombro direito já todo empenado, e puxei a bicicleta para o lado para eu e o meu colega podermos fazer os alongamentos, que por sinal têm posições muito interessantes de rabo espetado e etc e tal... acabei a aula com a sensação de missão cumprida (também não ía dar parte fraca ao pé do meu colega, que é mais velho que eu 8 longos anos!!!), e ainda tive de sair do ginásio sem secar o cabelo sob pena de ele não esperar por mim... sim fiquei com o cabelo encaracolado a tarde toda e evitei ao máximo todos os locais que possuíam espelhos.
 
Escusado será dizer que estou cheia de dores no ombro direito, e que sei que amanhã cada perna me vai pesar 200 kg para além de me doer o rabo do selim... mas todo o sacrifício vale a pena para que 1 gr de celulite nos abandone, certo? De qualquer forma, acho que amanhã vou voltar ao jacuzzi, ainda que com uma touca para ninguém me expulsar (espero que desta vez não embirrem com os óculos escuros que estou a pensar levar... ).

 

 

http://www.imeem.com/yeawhat3v3r/music/oT43R95s/prince_kiss/

 

publicado às 01:02


Mais sobre mim

foto do autor


Calendário

Agosto 2008

D S T Q Q S S
12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31