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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
«Os nossos mundos não se tocam» sussurra ao vento que vem acaricia-la da outra margem.
Sabia disso desde o primeiro instante, do primeiro olhar, do primeiro beijo.
As margens eram distantes, a água era fria. Sabia disso mas, mesmo assim, sonhava que o rio secava, que a terra se unia. E enquanto sonhava largava ao céu balões de promessas e desejos. Tão selvagens como impotentes, românticos e inconsequentes. Ingénuos, genuínos, confusos. Balões de sonhos vivos, apaixonados, para quando os mundos se tocarem um dia.