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«Há tanta, tanta gente neste mundo, todos à espera de qualquer coisa uns dos outros, e, contudo, irremediavelmente afastados« Haruki Murakami
«A vida inteira esperei por ti. Mesmo que ainda se não tenha passado a vida inteira» Jorge Reis Sá em Nicola Lovers.
Sinto que esperei sempre por ti. Num desassossego infernal. Numa luta diária para esquecer o que sempre soube e nunca quis aceitar. Tu deixaste de amar. A mim. Deixaste-me. E mesmo assim, nunca me cansei de esperar por ti.
Como uma pedra no meu caminho. Fiquei ali parada, naquele tempo morto de alma, naquele deambular abandonado. Com os olhos ausentes no infinito. Parte de mim ficou ali perdida no tempo das "certezas" e do "para sempre"... parte de mim ficou ali contigo, naquela tarde de Domingo.
Tu deixaste-me e eu parti. Destroçada, confusa, descrente.
Por instinto fui seguindo em frente, deixando o vento arrastar-me para onde o destino me levasse. Nunca mais corri, nunca mais perdi-me no olhar, nem lutei por um coração. Talvez porque o meu tenha esperado a vida toda por ti, devotado à mais profunda solidão.